domingo, 17 de julho de 2011

Bárbara Calhamar


Passei toda aquela tarde olhando o céu. Reparei nas nuvens. Na maneira engraçada que elas se movimentavam lá em cima. Algumas rápidas como se estivessem atrasadas ou apostando corridas entre si. Outras lentas, tão lentas que pareciam nem se movimentar. Naquele momento percebi que elas eram como a paixão. Pois como as nuvens, algumas paixões deixam marcas (tempestades, chuvas, enchentes), mas de alguma maneira cicatrizam e são esquecidas com o tempo. E como existem infinitas nuvens, vivemos infinitas paixões. Naquele momento percebi o brilho do sol. Como ele era soberano sobre todas as coisas. Seu calor iluminava e esquentava os seres deixando tudo em perfeita harmonia. Algum tempo depois percebi q o sol era como o amor. Pois assim como ele, o amor nos aquece e nos auxilia nos dias de frio. E assim como o sol o amor é único. A estrela brilhante que jamais conseguiremos alcançar, mas que se for na hora certa, conseguiremos sentir. Independente da distância e do tempo. E todas as outras coisas. Antes de anoitecer, fechei os olhos e agradeci a Deus. Eu já não precisava mais entender o formato das nuvens. Meu sol estava em algum lugar do universo, só faltava amanhecer na minha vida.

Nenhum comentário: